Operações Ecoeficientes

Água

A Holding e os negócios estão em linha com a legislação pertinente quanto ao uso de água, monitoram o consumo e o descarte e adotam medidas para minimizar impactos. Em 2021, 5,8 milhões de m³ de água foram consumidos pelo Grupo, redução de 3% em relação ao ano anterior. Toda a captação é de água doce e, dada a natureza de suas operações, a Oxiteno respondeu por mais de 90% do volume total captado pelo Grupo em 2021. Além de ser matéria-prima para alguns produtos, a água é utilizada em alguns processos produtivos da empresa, como sistemas de aquecimento e resfriamento e geração de vapor. A empresa tem metas para reduzir em 10% seu consumo de água global e aumentar o volume de água de reúso até 2030. Hoje, por exemplo, na unidade de Mauá (SP), 96% da água captada é de reúso. As unidades realizam o tratamento de efluentes, e o descarte, incluindo a destinação em corpo hídrico, ocorre segundo os padrões exigidos por lei. 

A Holding, cujo consumo total (predominantemente doméstico) é baixo e caiu 17% em relação a 2020, também emprega água reutilizada em sua torre de refrigeração. Do total consumido no ano pela Holding, 14,4% era de água de reúso. Na Ultragaz, a lavagem de botijões e das cabines de pintura é a atividade que exige maior volume de água. Para minimizar a captação, a empresa conta com um circuito fechado para o reaproveitamento do recurso natural. A estimativa é que 90% da água usada nesse processo seja recirculada. As bases de engarrafamento contam com estações de tratamento de efluentes. O volume que não pode ser reutilizado é descartado por empresas qualificadas. Com campanhas de conscientização, aperfeiçoamento dos sistemas de combate a vazamentos e busca ativa de oportunidades de melhoria por um grupo de trabalho dedicado ao tema, a Ultragaz alcançou redução de 14% no consumo em relação a 2020.

A Ultracargo utiliza água de reúso nos terminais de Santos (SP), Itaqui (MA) e Vila do Conde (PA). Além disso, reutiliza água em testes hidrostáticos, o que gerou, apenas em 2021, economia de água de 36 mil m³ nas obras de expansão da Fase III do terminal do Itaqui e de 97 mil m³ na construção do terminal de Vila do Conde.

Na Extrafarma, o consumo, majoritariamente doméstico, foi 30% mais baixo que o ano anterior. Na Ipiranga, onde o consumo de água se concentra especialmente nas áreas administrativas e nos sistemas de combate a incêndio das unidades, o consumo ficou estável em relação a 2020. 

Captação de água¹ (m³)

Descarte de água (m³)

Resíduos

Do total de resíduos gerados pela Holding e pelos negócios em 2021, 2,6% foram reciclados ou recuperados. Considerando apenas os resíduos perigosos, 1,1% foi encaminhado à reciclagem ou recuperação.

A Ultragaz tem como política não destinar resíduos perigosos (classe I) para aterro, mesmo que haja autorização do órgão oficial de controle. A exceção se refere aos resíduos de amianto, que são enviados, excepcionalmente, para aterro, mas em linha com o que estabelece a legislação. Todos os fornecedores que realizam a gestão de resíduos para a empresa passam por processo de homologação específico.

A Ultracargo também realiza um processo de homologação específico para os fornecedores que gerenciam os resíduos gerados em suas operações. Visando sempre à melhoria contínua de sua gestão ambiental, em 2021 a empresa aprimorou o processo de contabilização dos resíduos não perigosos e aumentou a destinação desse tipo de material para a reciclagem no Terminal de Santos (SP).

A Oxiteno tem como meta para 2030 reduzir em 10% a geração de resíduos por tonelada produzida e se tornar zero aterro para resíduos industriais. O processo de gestão é válido para todas as unidades, com o monitoramento mensal de indicadores de geração e destinação. A empresa promove a reciclagem e o aproveitamento energético (coprocessamento) dos resíduos e, como alternativa, adota a incineração – em último caso, é feita a destinação a aterros industriais qualificados. Atualmente, o envio a aterros industriais ocorre somente no Uruguai, país onde as opções de destinação são restritas, e em Pasadena (Estados Unidos).

Na Ipiranga, os impactos em resíduos ocorrem nas próprias atividades da empresa e nos postos revendedores, em função do armazenamento e distribuição dos combustíveis. Para gerenciá-los, a empresa detém um plano específico, com uma série de procedimentos internos e, nos postos da rede, realiza inspeções e manutenções periódicas. A atuação preventiva contra vazamentos é parte do gerenciamento e busca garantir a integridade das barreiras e dos sistemas de proteção, com o acompanhamento periódico das situações atípicas e dos acidentes de processo. O prédio da matriz, no Rio de Janeiro (RJ), conta com uma central para triagem de resíduos e destinação dos recicláveis a cooperativas de catadores parceiras há seis anos.

Gestão de resíduos¹

Iniciativas de ecoeficiência

São diversos os projetos de ecoeficiência realizados pela Holding e os negócios. Confira alguns exemplos:

Aterro zero

A Ultragaz já deu início à sua trajetória rumo ao aterro zero. A unidade de Mauá (SP) foi a primeira a se comprometer com a meta e o reconhecimento veio em julho de 2021, com a conquista do selo Aterro Zero, concedido pela empresa Multilixo.

A inciativa evitou que aproximadamente 79 toneladas de lixo fossem enviadas a aterro e reduziu em 20% os custos direcionados a tratamento de resíduos na unidade. 

Captação de água da chuva

O terminal de Santos (SP) da Ultracargo conta com sistema de captação de água de chuva. Depois de tratada, a água é utilizada para fins menos nobres (empregada nos testes hidrostáticos dos tanques e na limpeza de áreas comuns, entre outras destinações). Em 2021, foram reutilizados cerca de 30 mil m³ de água de chuva.

A tecnologia também está disponível no novo terminal de Vila do Conde (PA) e na área recém-expandida do terminal do Itaqui (MA).

A Oxiteno é outra empresa do Grupo que adota essa boa prática. Em 2021, foram captados 35 mil m³ de água de chuva na unidade Oleoquímica, em Camaçari (BA), e 659 m³ em Coatzacoalcos (México).

Na Ultragaz, a nova base de Miramar (PA) já nasceu com sistema de captação de água de chuva.

Energia renovável

A Ultragaz, Ultracargo e Ipiranga adquiriram certificados de energia renovável (I-RECs) para a energia elétrica consumida em 2021, impactando positivamente o desempenho do Grupo nas emissões do escopo 2.

Na Holding, os I-RECs foram adquiridos em 2022 e serão usados na compensação das emissões ligadas à compra de energia de 2021.

Usina Solar

Em 2021, a Ipiranga expandiu seu projeto Usina Solar – estão em construção mais de 14 usinas, que deverão gerar mais de 40 MWh/ano e abastecer mais de 530 postos e franquias da rede, gerando uma redução de 11 mil toneladas de CO₂e e uma economia de R$ 5 milhões a cada ano.

As primeiras usinas estavam previstas para entrar em operação ainda em 2021, mas a conclusão do projeto foi postergada para 2022.    

A Extrafarma já possui cinco usinas solares em Marabá (PA) e Cedro (CE). A energia produzida segue para a rede das distribuidoras locais, gerando créditos para a empresa em suas próximas faturas de energia. No Pará, a capacidade instalada abastece 116 lojas e, no Ceará, 89 lojas.