Versão resumida

Governança e integridade

Nesta seção
  • Ética e compliance
  • Gestão de riscos
  • Segurança da informação

 

  • Governança | Gestão de riscos | Desempenho
  • Capital intelectual

 

alinhamentos aos ODS

 


A longa história do Grupo Ultra e seu compromisso com as melhores práticas de governança corporativa e integridade conferem à organização o reconhecimento do mercado e permitem que o Grupo influencie positivamente o ambiente de negócios do País e toda a sua cadeia de valor. Desde 2011, a Companhia integra o Novo Mercado, segmento de mais alto nível de governança corporativa da B3. Os American Depositary Receipts (ADRs) do Grupo na Nasdaq são classificados no nível III, também o padrão mais alto de governança e transparência da bolsa norte-americana. Sua estrutura de tomada de decisão é reconhecida, ainda, pelo adequado alinhamento entre os controladores e os acionistas minoritários, que têm direito a 100% de tag along desde o ano 2000. 

O mais alto órgão de governança é o Conselho de Administração, que encerrou 2021 com 11 membros (54% eram conselheiros independentes e 18% eram mulheres). Nenhum dos conselheiros exerce atualmente função executiva nas empresas do Grupo Ultra, sendo remunerados exclusivamente por suas atividades no Conselho e nos Comitês de Assessoramento. 

O Estatuto Social estabelece os papéis e responsabilidades dos órgãos de governança, que também possuem seus respectivos regimentos internos. São atribuições do Conselho, dentre outras, definir a estratégia, considerando os impactos das atividades da organização na sociedade e no meio ambiente, determinar a alocação de capital e o nível de exposição aos riscos, supervisionar a gestão dos negócios e organizar o processo sucessório.

Os conselheiros passam por um processo de avaliação ao menos uma vez a cada mandato. O processo mais recente foi realizado em 2020 e buscou mensurar as dimensões relacionadas à composição e funcionamento do órgão e competências, dedicação e efetividade de seus membros.

A composição do Conselho em 31 de dezembro de 2021 foi aprovada na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE) de abril de 2021, com mandato previsto de dois anos. Em um processo de sucessão de lideranças realizado ao longo de 2021 e consolidado no início de 2022, algumas mudanças na composição foram concluídas leia mais a seguir, em Renovação.

Em 2021, o Conselho de Administração se reuniu 13 vezes. A evolução da gestão de sustentabilidade fez parte da pauta de dois encontros no ano – o órgão avaliou e validou a revisão da matriz de materialidade e os compromissos de longo prazo estabelecidos pela Companhia. A integração das metas de sustentabilidade ao planejamento estratégico e a validação da matriz de riscos, que passou a considerar os temas materiais de sustentabilidade, também integraram a agenda das reuniões.

  • AMBIÇÃO DO GRUPO

    Ser protagonista em governança e integridade, influenciando o ambiente de negócios na adoção de melhores práticas e conduta ética.

 

Renovação

Em 2021, o Grupo Ultra anunciou um plano de sucessão e renovação de sua liderança, processo planejado para assegurar a continuidade da estratégia e a preparação da Companhia para um novo ciclo de crescimento. O Presidente do Conselho de Administração, Pedro Wongtschowski, comunicou sua intenção de deixar o Conselho em abril de 2023. Com isso, em setembro de 2021, o órgão decidiu pela preparação de Marcos Marinho Lutz, então conselheiro, para uma potencial recomendação para ocupar a posição de Presidente do Conselho. Em janeiro de 2022, Marcos Marinho Lutz assumiu o cargo de Diretor Presidente da Ultrapar para completar o mandato até abril de 2023, período que servirá para sua imersão nos diversos negócios da Companhia. O executivo tem destacada experiência em posições de liderança de empresas dos setores de energia e infraestrutura.

Frederico Pinheiro Fleury Curado, Diretor Presidente à frente do Grupo Ultra até o fim de 2021, assumiu a Vice-Presidência do Conselho de Administração no início de 2022, e contribuirá para as decisões do órgão com sua visão estratégica e ampla experiência sobre cada operação do Grupo. Ele ocupa a posição de Lucio de Castro Andrade Filho, que se aposentou após 45 anos de dedicação à Companhia.

O processo de renovação incluiu, ainda, a nomeação de Marcelo Araújo, que estava à frente da Ipiranga, para a Diretoria Executiva Corporativa e de Participações, instância criada em 2021 que congrega as áreas de Sustentabilidade, Relações Institucionais, Comunicação, Jurídico e Compliance, Riscos e Auditoria Interna da Holding. O executivo Leonardo Linden assumiu a função de Presidente da Ipiranga em outubro de 2021. O executivo tem longa experiência no setor de combustíveis no Brasil e nos Estados Unidos e, antes de assumir o novo cargo, ocupou por um período a função de Vice-Presidente Comercial da empresa como parte do processo planejado de sucessão.

As movimentações seguiram a Política Corporativa de Indicação de Membros do Conselho de Administração, de seus Comitês de Assessoramento e da Diretoria, que, entre os critérios de seleção, considera a diversidade de conhecimentos, a experiência profissional e a disponibilidade de tempo para o cargo.

Composição Acionária (%)

 

 

Composição do conselho de administração em 31/12/2021

Membro Posição Membro independente1
Pedro Wongtschowski Presidente Não
Lucio de Castro Andrade Filho2 Vice-Presidente
Alexandre Teixeira de Assumpção Saigh Conselheiro (a)
Ana Paula Vitali Janes Vescovi Sim
Flavia Buarque de Almeida
Jorge Marques de Toledo Camargo
José Galló
José Luiz Alquéres
José Maurício Pereira Coelho
Marcos Marinho Lutz3 Não
Otávio Lopes Castello Branco Neto

1. Não é acionista controlador direto ou indireto da Companhia; não tem seu exercício de voto nas reuniões do Conselho de Administração vinculado por acordo de acionistas que tenha por objeto matérias relacionadas à Companhia; não é cônjuge, companheiro ou parente, em linha reta ou colateral, até segundo grau do acionista controlador, do administrador da Companhia ou do administrador do acionista controlador; e não foi empregado ou diretor da Companhia ou do seu acionista controlador nos últimos três anos.

2. Deixou o Conselho de Administração em janeiro de 2022. O cargo foi ocupado por Frederico Pinheiro Fleury Curado.

3. Deixou o Conselho de Administração em janeiro de 2022 para assumir o cargo de Diretor Presidente da Ultrapar.

 

Os currículos dos conselheiros estão disponíveis na seção Governança do site de Relações com Investidores: ri.ultra.com.br

 

Número de conselheiros que somam as competências e experiências listadas abaixo ao Conselho de Administração1

Experiência como CEO/liderança sênior e gestão de pessoas 11
Gestão de portfólio 7
Cadeia de óleo e gás e infraestrutura logística 7
Químico, varejo e bens de consumo 4
Finanças, contabilidade e economia 7
Governança corporativa e gestão de riscos 9
Relações governamentais e assuntos corporativos 9
Tecnologia e inovação 6
Matriz energética e sustentabilidade 5
Refere-se à composição do Conselho de Administração em dezembro de 2021.

Comitês de Assessoramento ao Conselho de Administração

Os Comitês de Assessoramento ao Conselho de Administração são estatutários e formados exclusivamente por conselheiros. O mandato atual, aprovado na reunião do Conselho de 14 de abril de 2021, seguirá até abril de 2023.

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Órgãos de controle

Os sistemas de controle do Grupo Ultra, que incluem o Comitê de Auditoria e Riscos, o Conselho Fiscal e o Comitê de Conduta, são avaliados conforme prevê a estrutura do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). 

O Conselho Fiscal funciona em caráter não permanente, sendo instalado a pedido da Assembleia Geral para acompanhar as ações do Conselho de Administração e dos executivos. Suas atribuições incluem analisar o Relatório de Administração e as demonstrações financeiras, fiscalizar, por qualquer dos seus membros, os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos deveres legais e estatutários. É formado por três membros titulares e três suplentes, com mandato de um ano e remuneração segundo o determinado pela legislação. 

O Comitê de Conduta, órgão não estatutário, tem como principais funções supervisionar a evolução e o cumprimento do Programa de Ética e Compliance e recomendar as ações em casos de violação ao Código de Ética e às Políticas Corporativas de Compliance. O comitê é um órgão vinculado ao Conselho de Administração, responsável por eleger e destituir seus membros.

 

Diretoria Ultrapar

A diretoria é estatutária, formada pelos Presidentes da Ultragaz, da Ultracargo, da Oxiteno e da Ipiranga, além do Diretor Presidente da Ultrapar, do Diretor Financeiro e de Relações com Investidores e do Diretor Executivo Corporativo e de Participações. Cabe a esse colegiado orientar a execução do planejamento estratégico e acompanhar a gestão operacional e financeira dos negócios e as questões ambientais, sociais e de governança. 

 

Conselhos consultivos

Cada negócio também conta com o apoio de um conselho consultivo, formado pelo Diretor Presidente e pelo Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Ultrapar e por profissionais externos. O conselho avalia a execução da estratégia e analisa com mais profundidade os resultados financeiros e de sustentabilidade das operações. Em 2021, foi instituído um conselho consultivo exclusivo para acompanhar a operação da AmPm.

Composição do Conselho Fiscal1

Presidente independente

  • Flavio César Maia Luz

Conselheiros fiscais independentes

  • Geraldo Toffanello
  • William Bezerra Cavalcanti Filho

Composição do Comitê de Conduta1

Presidente independente

  • Marcelo Fernandez Trindade

Demais membros

  • Andre Brickmann Areno, Diretor Jurídico
  • Fernanda Teves de Souza, Diretora de Riscos, Compliance e Auditoria
  • Julio Cesar Nogueira, Diretor de Controladoria e CSC
  • Lucio de Castro Andrade Filho(2), Representante do Conselho de Administração

1. Refere-se à composição vigente em dezembro de 2021.
2. O conselheiro deixou a organização em janeiro de 2022 e foi substituído no comitê por Frederico Fleury Pinheiro Curado.

Composição da Diretoria Ultrapar

Os currículos dos membros da Diretoria Ultrapar estão disponíveis na seção Governança do site de Relações com Investidores:
ri.ultra.com.br.

Diretor Presidente da Ultrapar

Frederico Pinheiro Fleury Curado
(até dezembro de 2021)

Diretor Presidente da Ultrapar

Marcos Marinho Lutz
(a partir de janeiro de 2022)

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

Rodrigo de Almeida Pizzinatto

Diretor Executivo Corporativo e de Participações

Marcelo Pereira Malta de Araujo

Presidente da Ultragaz

Tabajara Bertelli Costa

Presidente da Ultracargo

Décio de Sampaio Amaral

Presidente da Ipiranga

Leonardo Remião Linden

Presidente da Oxiteno

João Benjamin Parolin

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REMUNERAÇÃO

Anualmente, o Grupo Ultra realiza pesquisas de benchmark no mercado para garantir uma remuneração atrativa a seus executivos. O pacote oferecido é composto de: 

  • Remuneração fixa, definida segundo a responsabilidade e a complexidade do cargo e a maturidade profissional de seu ocupante.
  • Remuneração variável de curto prazo, atrelada ao desempenho anual do negócio e ao atingimento de metas individuais.
  • Remuneração variável de longo prazo, baseada em ações da Ultrapar, com horizonte de longo prazo.

A partir de 2022, a remuneração variável de toda a liderança, além de estar atrelada ao desempenho financeiro anual (EBITDA e fluxo de caixa operacional), passa a considerar as metas de sustentabilidade estabelecidas pelo Grupo. 

 

GOVERNANÇA CORPORATIVA DO GRUPO ULTRA

Ética e compliance

Ética e compliance
Ética e compliance

O Grupo Ultra sempre prezou pela ética, integridade e transparência. Esses valores são refletidos na imagem e reputação da Companhia perante a sociedade, além de influenciar positivamente seus colaboradores, parceiros de negócio e pares do setor. Todos os princípios e diretrizes estão reunidos no Código de Ética, existente desde 2004, e nas Políticas Corporativas Anticorrupção e de Relacionamento com Agentes Públicos, Concorrencial e de Conflito de Interesses e Transações com Partes Relacionadas.

O Grupo conta com um Programa de Ética e Compliance robusto, orientado pelo Código de Ética e supervisionado pelo Comitê de Conduta. Visando fortalecer a cultura de integridade da Companhia, o programa estabelece temas anuais para comunicação e treinamento, como combate à corrupção, boas práticas concorrenciais, conflitos de interesse e combate ao assédio e à discriminação, entre outros. A Diretoria de Riscos, Compliance e Auditoria é responsável pelo programa e tem o apoio das áreas de Compliance dos negócios. Em 2021, a estrutura da Holding e dos negócios somava mais de 30 colaboradores dedicados ao tema.

Nas matérias de ética e compliance, a diretoria tem reporte direto ao Comitê de Conduta. O comitê aprova o planejamento do Programa de Ética e Compliance e acompanha sua execução. Anualmente, a alta administração e os colaboradores recebem um relatório de prestação de contas sobre o programa.  

Atualização do Código de Ética e da Política Anticorrupção

Ao longo de 2021, o Grupo Ultra trabalhou na revisão do Código de Ética e da Política Anticorrupção e de Relacionamento com Agentes Públicos, reforçando os princípios éticos e o compromisso com a manutenção de sua credibilidade e boa reputação. No caso do Código de Ética, a atualização buscou tornar ainda mais claros o posicionamento e as diretrizes sobre tópicos que vêm ganhando força internamente e na sociedade nos últimos anos, como segurança de dados, redes sociais, diversidade e inclusão e gestão socioambiental.

O lançamento das versões atualizadas ocorreu no primeiro trimestre de 2022, e a expectativa do Grupo Ultra é capacitar todos os colaboradores até o fim de 2022. 

Diagnóstico de Cultura de Compliance

Periodicamente, o Grupo Ultra realiza um diagnóstico, com o apoio de uma consultoria especializada, para avaliar o nível de maturidade de sua cultura de compliance e a efetividade das ações do Programa de Ética e Compliance. Na última pesquisa, de 2020, a organização foi classificada no perfil Proativo Inicial, segundo perfil mais avançado da matriz Hearts & Minds. Há, ainda, uma classificação específica para cada negócio. 

Após a conclusão do processo, são traçados planos para endereçar os pontos de atenção. Mais de 60 planos de ação foram estruturados e começaram a ser trabalhados em 2021. Além das comunicações periódicas, foram intensificadas as rodas de diálogo com áreas específicas para que os gestores e colaboradores compreendam como as diretrizes de ética e integridade se aplicam às suas rotinas de trabalho. 

O Grupo Ultra também iniciou uma frente para treinar e conscientizar seus fornecedores e prestadores de serviços críticos (aqueles que podem oferecer riscos operacionais e/ou reputacionais à Companhia), visando fortalecer os princípios éticos em suas relações comerciais, influenciar positivamente esse público e apoiar sua evolução no tema. Em 2021, os negócios mapearam os grupos críticos e deram início ao plano de capacitação, que deve ser finalizado ao longo de 2022. Vale lembrar que os parceiros de negócio (empreendedores à frente da rede de postos Ipiranga, revendedores da Ultragaz e franqueados AmPm e JetOil) sempre foram e continuam sendo foco das formações e iniciativas de sensibilização sobre ética e integridade promovidas pelo Grupo. 

O próximo diagnóstico será realizado em 2023. O objetivo do Grupo Ultra é evoluir continuamente na matriz Hearts & Minds.

 

Grupo Ultra: segundo perfil mais avançado da matriz Hearts & Minds

CANAL ABERTO ULTRA

Operado por uma empresa externa e independente, o Canal Aberto é o meio oficial para que colaboradores e demais stakeholders do Brasil e do exterior esclareçam dúvidas e registrem eventuais desvios ao Código de Ética, às políticas corporativas e normas internas do Grupo. Todos os relatos recebidos (anônimos e identificados) são encaminhados à Diretoria de Riscos, Compliance e Auditoria, que tem o suporte do Comitê de Conduta. Se necessário, os casos são levados ao Conselho de Administração. Os relatos julgados como procedentes ou parcialmente procedentes geram planos de melhoria e auxiliam o aprimoramento dos instrumentos de controle do Grupo.

Em 2021, 790 relatos foram registrados – foram 834 em 2020 e 808 em 2019. Um dos avanços observados no canal ao longo do ano foi o aumento de relatos efetuados de forma mais completa, com a inclusão de evidências, e de pessoas que fornecem informações adicionais, quando solicitadas. Os tipos de relatos recebidos ao longo de 2021 se dividiram entre as categorias: conflitos de relacionamento, assédio moral/sexual, más práticas administrativas ou comerciais, desvios operacionais e financeiros e diversos.

O Grupo Ultra proíbe qualquer ato de ameaça, intimidação ou retaliação a qualquer pessoa que denunciar ou manifestar suas dúvidas por meio do canal.

Outras ações

Uma das iniciativas de 2021 foi a reformulação do processo de integração dos novos colaboradores nos temas de ética e compliance. A diretoria apoiou, ainda, o movimento de atualização do portfólio do Grupo Ultra, conduzindo, em parceria com as áreas Jurídica e de Fusões e Aquisições, processos de due diligence relativos a questões concorrenciais e de compliance. 

Entre os treinamentos, destaque para a capacitação sobre a Política Corporativa de Conflito de Interesses e Transações com Partes Relacionadas, que foi atualizada no fim de 2020. Até dezembro de 2021, 94% dos colaboradores haviam concluído o treinamento sobre a política atualizada. 

Também fazem parte do escopo do Programa de Ética e Compliance o monitoramento sobre eventuais transações com partes relacionadas e as pesquisas reputacionais de todos os fornecedores, prestadores de serviços e parceiros de negócio do Grupo.Leia mais em Cadeia de valor

A análise de risco ligada a práticas ilegais ou antiéticas incluiu 100% das operações da Holding, Ultragaz, Ultracargo, Oxiteno, Ipiranga e Extrafarma. Em 2022, a iniciativa abastece aí será incorporada ao processo de análise de risco.

Em 2021, não houve nenhum caso de corrupção confirmado no Grupo e nenhuma ação judicial relativa a práticas de concorrência desleal, truste e monopólio foi instaurada. Para aprimorar os processos do Grupo e evitar condutas anticoncorrenciais, como aquelas investigadas pelas operações “Mão Invisível” e “Dubai”, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), há treinamentos obrigatórios para os colaboradores e complementares para públicos específicos, caso de fornecedores considerados críticos para os negócios. Desde 2018, os negócios treinam seus revendedores em compliance concorrencial, buscando atingir um mercado mais saudável, de livre concorrência e de combate às práticas anticompetitivas.

Comunicação e capacitação em políticas e procedimentos anticorrupção1

Colaboradores comunicados (%) 2019 2020 2021
Holding 91 94 96
Ultragaz 86 99 982
Ultracargo 100 100 100
Oxiteno 89 98 99
Ipiranga 82 100 93
Extrafarma 97 96 100
Colaboradores treinados (%)
Holding 91 87 91
Ultragaz 84 98 942
Ultracargo 72 99 100
Oxiteno 84 94 94
Ipiranga 82 99 763
Extrafarma 97 94 100

1. Para o cálculo deste indicador, foi considerado o número de comunicados e treinamentos acumulado em 2020 e 2021.

2. Considerando apenas o público elegível nos indicadores de treinamento e comunicação anticorrupção/compliance, a Ultragaz chegou a um percentual de 99% de efetividade na adesão do treinamento e da comunicação realizada. O percentual reportado neste relatório está inferior, pois foi considerada como base comparativa a relação oficial do RH, que contém colaboradores não elegíveis.

3. O número de treinados não contempla os colaboradores das lojas próprias AmPm, devido à sua expansão no final de 2021. Com a Trilha de Compliance ainda em processo de implementação, esse público será treinado ao longo de 2022.

Gestão de riscos

Gestão de riscos
Gestão de riscos

O gerenciamento de riscos do Grupo Ultra segue as diretrizes da Política Corporativa de Gestão de Riscos, atualizada em 2021 pelo Conselho de Administração, que estabelece os principais aspectos a serem monitorados e os instrumentos de mitigação, bem como os papéis e responsabilidades dos envolvidos no processo. Trata-se de um modelo integrado, que inclui o gerenciamento específico nos negócios e a gestão dos temas prioritários pela alta liderança do Grupo.

Com o suporte e a coordenação da Diretoria de Riscos, Compliance e Auditoria, por meio da Gerência de riscos, cada empresa realiza as discussões e avaliações de cenários para compor sua matriz de riscos, considerando as especificidades setoriais. Cabe à Gerência de Riscos consolidar a matriz de riscos do Grupo e validá-la com a Diretoria Ultrapar, o Comitê de Auditoria e Riscos e o Conselho de Administração.

Os temas são posicionados na matriz segundo seu nível de impacto e o grau de exposição do Grupo a eles, sendo categorizados em cinco famílias: estratégicos e de sustentabilidade, financeiros, cibernéticos, operacionais e de compliance. 

Reflexo do amadurecimento da gestão de sustentabilidade no Grupo Ultra, em 2021 os riscos ESG (ambientais, sociais e de governança) foram elevados à família dos riscos estratégicos. Também teve início um trabalho para aprofundar o monitoramento desses riscos em cada negócio e na organização como um todo.

Governança de Riscos

A Gerência de Riscos está vinculada à Diretoria de Riscos, Compliance e Auditoria, que congrega também as áreas de Compliance e de Auditoria Interna. Nos temas de riscos e de auditoria, a diretoria se reporta ao Comitê de Riscos e Auditoria, ligado ao Conselho de Administração. A diretoria responde, ainda, ao Comitê de Conduta. 

A Gerência de Auditoria Interna monitora os procedimentos e controles dos negócios, mapeando riscos e oportunidades, o que contribui para as atualizações periódicas da matriz de riscos e para o aprimoramento contínuo do processo de gestão de riscos. Também conduz as auditorias internas operacionais, segundo o Plano de Auditoria anual aprovado pelo Comitê de Auditoria e Riscos, revisa todos os pagamentos efetuados pelo Grupo e apoia a elaboração das demonstrações financeiras e a obtenção da certificação da Lei SARBANES-OXLEY (SOX), requisitada para apresentação das demonstrações financeiras no mercado norte-americano. 

 

Riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas

Os temas das mudanças climáticas e da transição energética integram a família de riscos estratégicos e de sustentabilidade, estando presentes nas matrizes de riscos específicas dos negócios e na matriz de riscos consolidada do Grupo Ultra. Os tópicos também são considerados sob diferentes perspectivas nos planejamentos de diversas áreas dos negócios e na estratégia de atuação das empresas e do Grupo Ultra. 

A Diretoria de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos coordena as atividades do GT sobre transição energética. Há também outro GT, de Operações Ecoeficientes, que trata de questões como eficiência energética que se correlacionam direta ou indiretamente às mudanças do clima. Regularmente, a diretoria presta contas ao Diretor Presidente do Grupo Ultra e também participa das reuniões da Diretoria Ultrapar, que inclui, além do Diretor Presidente, o CFO, o Diretor Executivo Corporativo e de Participações  e os presidentes dos negócios. A Diretoria Ultrapar, por sua vez, leva os tópicos ao Conselho de Administração sempre que necessário. 

Ainda não há, no entanto, um cálculo sobre o impacto financeiro que os riscos ligados às mudanças climáticas podem gerar para o Grupo Ultra de modo consolidado. A perspectiva da Companhia é conseguir dimensionar esse valor nos próximos anos.

Em 2021, o Grupo Ultra elaborou uma análise dos riscos e oportunidades em linha com as recomendações do Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD). 

A seguir, são apresentados como os principais riscos relacionados às mudanças climáticas afetam a organização e como o Grupo Ultra os gerencia. 

  • COMO IMPACTA O GRUPO
  • COMO O GRUPO GERENCIA O RISCO
  • OPORTUNIDADES

Risco físico

  • A maior ocorrência de fenômenos climáticos extremos, como inundações, incêndios e ciclones, pode afetar as instalações dos negócios e as atividades de produção e distribuição, o que pode implicar a paralisação temporária das operações, a incapacidade de atender as demandas dos clientes e perdas financeiras significativas.
  • Parte dos investimentos anuais é voltada à melhoria da estrutura operacional e manutenção dos ativos. Em 2021, foram investidos R$ 887 milhões em manutenção, segurança e outros itens.
  • Planos de atendimento a emergências estruturados nas unidades operacionais dos negócios.

Risco reputacional

  • A ascensão da agenda climática pode acarretar a perda de credibilidade entre consumidores, clientes do segmento B2B, investidores, comunidades do entorno e outros stakeholders, afetando o acesso ao capital, a geração de receita e a licença socioambiental para operar.
  • Movimento para a consolidação da gestão de sustentabilidade do Grupo, acelerado nos últimos três anos.
  • Iniciativas que reforçam o compromisso com a transparência, a prestação de contas e o diálogo com stakeholders no tema da transição energética.
  • O posicionamento em transição energética, o desenvolvimento de novos produtos e serviços menos poluentes e as ações de redução das emissões podem contribuir para manter a imagem positiva do Grupo e de seus negócios, atrair novos clientes e consumidores e incrementar as receitas.

Risco de alocação de recursos

  • O não investimento em pesquisa & desenvolvimento de novas soluções menos intensivas em carbono e na adaptação de sua estrutura para operar com fontes de energia limpas pode acarretar defasagem perante concorrentes e consequente perda de receitas.
  • Ultragaz, Ipiranga e Oxiteno mantêm uma agenda de inovação robusta, envolvendo startups parceiras e clientes, que já resultam em novos produtos e serviços com pegadas de carbono mais baixas.
  • Prospecção de startups nas verticais de meio ambiente, energia limpa e mobilidade urbana feita pelo UVC Investimentos.
  • Investimentos para aprimorar a ecoeficiência das operações e reduzir as emissões na Ultracargo, Ultragaz, Ipiranga, Oxiteno e Extrafarma.
  • Os investimentos podem garantir o acesso a novos mercados, com o consequente aumento das receitas.
  • Iniciativas para aumentar a ecoeficiência das operações também podem representar redução de custos para os negócios.

Risco regulatório

  • Regulamentações já vigentes ou futuras relacionadas à precificação do carbono podem representar custos adicionais às empresas. A Ipiranga vem cumprindo o estipulado na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que entrou em vigor em 2020. O RenovaBio exige a aquisição de uma cota anual de Créditos de Descarbonização (CBios) pelas distribuidoras de combustíveis fósseis, calculada com base em sua participação de mercado.
  • Em 2021, a aquisição dos CBios representou um custo de R$ 176 milhões para a Ipiranga. Foram adquiridos 4,7 milhões de CBios. Estudo feito pela Ultragaz estima que uma possível tributação sobre as emissões dos escopos 1 e 2 cause um impacto ao negócio de R$ 874 mil/ano (referência US$ 10 por tonelada de CO2e – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável/CEBDS).
  • Transição energética é tema monitorado pela área de Relações Institucionais e Governamentais do Grupo.
  • Os riscos regulatórios ligados à transição energética também estão na agenda das áreas de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Meio Ambiente dos negócios.
  • O cumprimento do RenovaBio faz com que a Ipiranga contribua para impulsionar o mercado de biocombustíveis do Brasil, no qual ela já atua.
  • Alterações nos regulamentos existentes podem representar oportunidades de ingresso em novos mercados, a exemplo de uma possível regulamentação para o uso de GLP em motores de combustão interna (MCI), beneficiando a Ultragaz.

 

Segurança da informação

Segurança  da informação
Segurança  da informação


Os princípios e práticas adotados pelo Grupo Ultra para assegurar a segurança da informação e a privacidade de dados de seus stakeholders (colaboradores, clientes, consumidores e parceiros de negócio, entre outros) estão estabelecidos na Política de Segurança da Informação, instituída em 2017 e revisada em 2021, e na Política Corporativa de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais, aprovada em 2020 pelo Conselho de Administração.

Com a crescente digitalização dos negócios, já há alguns anos o Grupo vem fortalecendo sua estrutura organizacional ligada à segurança da informação. Desde 2019, mantém uma gerência dedicada e, após a publicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em setembro de 2020, centrou esforços para atender a todos os requisitos da legislação. 

Para orientar e acompanhar a adaptação dos processos e rotinas na Holding e nos negócios, foram estruturados o Programa de Privacidade e o Comitê de Proteção de Dados Pessoais, vinculado à Diretoria Ultrapar, e cada negócio nomeou um Encarregado de Dados Pessoais, profissional responsável por promover as regras de privacidade e de proteção de dados e por atuar como canal de comunicação entre o negócio, os titulares de dados pessoais e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Houve, ainda, a realização de treinamentos e campanhas de conscientização para os colaboradores. Ao longo de 2021, os negócios também concluíram a implementação de seus Escritórios de Privacidade e evoluíram na adequação de seus processos. 

Em janeiro de 2021, o Grupo Ultra sofreu um ataque cibernético e, como medida preventiva,  interrompeu seus sistemas de tecnologia de informação, que foram restabelecidos poucos dias após o incidente, já contando com camadas adicionais de segurança. Ao longo do ano, diversas medidas foram executadas para fortalecer ainda mais o nível de segurança do ambiente de tecnologia de informação.

Após o ataque, foram identificadas cópias não autorizadas e divulgação de certos dados envolvendo as empresas do Grupo. Todas as medidas cabíveis foram tomadas, incluindo a notificação à ANPD. A Ipiranga recebeu, ainda, uma queixa de um titular de dados pessoais instaurada perante a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). A empresa identificou que o problema havia sido causado por uma inconsistência cadastral e corrigiu a informação, atendendo ao pedido do titular.

Painel ESG

 

Anticorrupção

Colaboradores comunicados (%) – Grupo Ultra

Colaboradores treinados (%) – Grupo Ultra

 

100% das operações cobertas por análise de riscos de corrupção. Nenhum caso confirmado.

 

Política Corporativa de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais em vigor e Comitê de Proteção de Dados Pessoais ativo